Metade das crianças menores de 5 anos do país viviam em domicílios com algum grau de insegurança alimentar em 2017-2018.
A reportagem é de Ana Cristina Campos, publicada por Agência Brasil, 18-09-2020.
Dados divulgados ontem (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 5,1% da população de até 4 anos estavam em lares com insegurança alimentar grave; 10,6%, moderada; e 34,2%, leve.
À medida que a idade aumenta, cresce a proporção dos que vivem em lares com menor vulnerabilidade alimentar. Entre as pessoas com 65 anos ou mais, 72,7% delas estão em domicílios com segurança alimentar; 18,3% com insegurança alimentar leve; 6,3%, moderada; e 2,7%, grave.
Os resultados fazem parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: Análise da Segurança Alimentar no Brasil.
Nos domicílios em condição de segurança alimentar, predominam os homens como pessoa de referência (61,4%). Essa prevalência vai se invertendo conforme aumenta o grau de insegurança alimentar, até chegar a 51,9% de mulheres como pessoa de referência nos lares com insegurança alimentar grave.
Segundo o gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares, André Martins, entre as razões para a maior vulnerabilidade alimentar em lares chefiados por mulheres estão as piores condições de acesso ao trabalho que acabam gerando menos renda e mais dificuldade no orçamento doméstico.
Na análise por cor ou raça, os domicílios com pessoa de referência autodeclarada parda representavam 36,9% dos domicílios com segurança alimentar, mas ficaram acima de 50% para todos os níveis de insegurança alimentar (50,7% para insegurança leve, 56,6% para moderada e 58,1% para grave).
Parâmetros
A segurança alimentar está garantida quando a família tem acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, de acordo com a Escala Brasileira de Medida Direta e Domiciliar da Insegurança Alimentar.
Na insegurança alimentar leve, há preocupação ou incerteza quanto a acesso aos alimentos no futuro e qualidade inadequada dos alimentos resultante de estratégias que visam a não comprometer a quantidade de alimentos. Na moderada, há redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos.
Na insegurança alimentar grave, há redução quantitativa severa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio.
Gastos mensais
No que se refere às despesas médias mensais domiciliares, a maior delas foi com habitação e, a menor, com o grupo educação, para todas as categorias de classificação da segurança alimentar. A segunda maior despesa mensal nos domicílios em segurança alimentar foi com transporte.
Já nos lares em insegurança alimentar leve, moderada e grave, a segunda maior despesa média mensal foi com alimentação, representando 20,5%, 22,5% e 23,4% respectivamente, no total das despesas de consumo.
Quanto maior a gravidade da insegurança alimentar, menor a aquisição alimentar domiciliar per capita anual de hortaliças, frutas, produtos panificados, carnes, aves, ovos, laticínios.
Os domicílios com insegurança alimentar grave mostraram maior aquisição de três grupos de alimentos específicos: os cereais e leguminosas, as farinhas, féculas e massas, e os pescados. As despesas médias mensais com arroz e feijão nos lares com insegurança alimentar eram superiores aos mesmos gastos nos domicílios com segurança alimentar.
Trabalho e renda
O rendimento do trabalho representava 58,3% do rendimento total das famílias nos domicílios em segurança alimentar contra 45,2% para os classificados em insegurança alimentar grave.
Já as transferências (aposentadorias, programas de governo) representaram 25,7% do rendimento para as famílias em insegurança alimentar grave e o rendimento não monetário (doação, troca, produção própria, pesca, caça), 25,2%.
Juntos, transferências e rendimento não monetário representam mais da metade (50,9%) do rendimento das famílias com insegurança alimentar grave.
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IBGE confirma: desde 2018, 10 milhões de brasileiros vivem insegurança alimentar grave. Quadro será muito pior se acabarem os R$ 600, em ambiente de crise econômica profunda. E mais: as Terras Indígenas devastadas pelo fogo no Pantanal.
A reportagem é de Raquel Torres, publicada por Outras Palavras, 18-09-2020.
Os números da fome
O número de brasileiros enfrentando insegurança alimentar grave subiu 43,7% em cinco anos. Segundo dados do IBGE divulgados ontem, em 2018 havia 10,3 milhões de pessoas nessa situação, contra 7,2 mil em 2013. Mais de um terço da população – 84,9 milhões – morava em casas com algum grau de insegurança alimentar em 2018, e esse foi o maior percentual registrado desde 2004, quando o levantamento começou a ser feito. Dos lares onde havia fome, mais da metade eram chefiados por mulheres. E nas zonas rurais, a insegurança alimentar grave é muito mais preponderante do que nas cidades, com quase metade das famílias do campo vivendo com algum grau de insegurança – nessa população, a insegurança alimentar grave atinge 7,1%, contra 4,1% no meio urbano.
Essa é a primeira vez em que houve queda nos níveis de segurança alimentar no Brasil. Em 2004, 65,1% da população dizia ter acesso garantido à alimentação. O número foi crescendo e chegou a 77,4%, em 2013., mas em 2018 caiu para 63,3%. Como a desigualdade regional é a regra, no Norte esse percentual foi de apenas 43% e, no Nordeste, 49,7%. Nas demais regiões é muito diferente: 79,3% no Sul, 68,8% no Sudeste e 64,8% no Centro-Oeste.
Tem mais: os dados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares, que não inclui pessoas em situação de rua. Ou seja, o quadro deve ser ainda pior.
Os números gerais são a confirmação de que o Brasil voltou ao Mapa da Fome, segundo Francisco Menezes, pesquisador do Ibase e ex-presidente do Consea (o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional). O Mapa inclui países onde mais de 5% das pessoas ingerem menos calorias do que o recomendável. Como a população em 2018 estava estimada em 207,1 milhões, esse é justo o percentual que os 10,3 milhões de brasileiros com fome representam.
E isso antes da pandemia. Nos últimos meses, o auxílio emergencial certamente melhorou a situação de muitas famílias, nota o pesquisador. Só que ele não é eterno. Quando acabar, há grande risco de termos um cenário ainda pior do que o de 2018, até porque garantir acesso a alimentos não é uma preocupação recorrente de Jair Bolsonaro. “Em julho do ano passado o presidente declarou que quem falava de fome no Brasil estava pregando uma mentira. E nós respondemos na ocasião, ‘vamos discutir isso a partir da divulgação dos dados’. E os dados chegaram (…) Isso mostra que não adianta tentar fingir que o problema da fome não existe. O problema existe e tem que ser enfrentado com seriedade”, diz Menezes, no Valor.
Por falar em alimentação, a notícia sobre o ataque do Ministério da Agricultura ao Guia Alimentar para a População Brasileira repercutiu fortemente, e a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável lançou um manifesto opondo-se à revisão proposta. Ele pode ser assinado aqui.
Quase tudo perdido
Os incêndios no Pantanal este ano já devastaram pelo menos 83% da Terra Indígena (TI) Baía dos Guató, segundo o Instituto Centro de Vida. Foram 16 mil hectares perdidos. Na reportagem da Folha, moradores contam que precisam lidar praticamente sozinhos com o fogo: bombeiros e militares se concentram nas áreas privadas, como fazendas e pousadas, porque há acesso mais fácil, alojamento, alimentação e ajuda material (o que obviamente não é uma justificativa, mas algo a ser enfrentado). “Vieram aqui pra fazer o aceiro [faixa de terra exposta para isolar o fogo, para proteger algumas casas], mas depois embarcaram porque tinham de acudir Porto Jofre, que estava pegando fogo lá, porque lá tem hotel. E me deixaram sem nada.”, diz diz a liderança Sandra Guató, que teve destruída toda a vegetação ao redor da sua casa. Só sobrou uma pequena horta.
Moradores de outra região da TI tiveram sorte ainda pior: os militares só chegaram depois que os moradores conseguiram salvar as casas sozinhos. A devastação causada pelo fogo – além da mata, foram perdidas roças de mandioca, cana, abacaxi, banana e outros alimentos – ainda é agravada pela falta d’água. O pequeno canal que abastece o território está quase seco, com a água enlameada disputada entre pessoas e animais. “Estamos bebendo urina e bosta dos jacarés e das capivaras. Porque não tem outra água aqui perto. Nunca secou assim. Estou com o estômago ruim, ruim, mas não tem outra água. E com essa seca, você fica o dia inteiro bebendo. Já bateu diarreia, vomitação, dor de barriga, tudo”, diz outra moradora, Antônia Oliveira. No posto de saúde não há luz e a água é armazenada em baldes.
É tudo ainda mais simbólico e triste quando se considera que os Guató são considerados o povo mais antigo da região. Ocupavam quase todo o sudoeste do Mato Grosso até começarem a ser expulsos no século passado pelo gado. Quase foram extintos. Finalmente conseguiram se reorganizar nos anos 1970, e a TI Baía dos Guató só foi homologada em 2018.
O fogo também se espalha rapidamente por outras TIs do Pantanal: quase metade das áreas indígenas regularizadas ali já enfrentam queimadas, segundo um levantamento da Agência Pública a partir de dados de satélite do Inpe. Em vários dos locais incendiados, os focos surgiram e se multiplicaram primeiro em propriedades privadas – e parte deles começou em em áreas de reserva legal e de mata nativa de donos de terra, que, por lei, precisam ser preservadas. Foi exatamente assim que começaram os incêndios nas terras dos Guató. A reportagem também denuncia a falta de apoio dos indígenas para conter o fogo. Segundo as fontes ouvidas, além do Corpo de Bombeiros deveria haver muito mais brigadistas. As brigadas fazem parte do Programa Brigadas Federais do PrevFogo, do Ibama, mas entre 2019 e 2020 o governo federal reduziu em 58% a verba destinada a ele.
Foi arquivado
O Tribunal Penal Internacional de Haia decidiu arquivar temporariamente o pedido de um conjunto de entidades para julgar o presidente Bolsonaro por crimes contra a humanidade. O documento apontava “falhas graves e mortais” na resposta brasileira à crise sanitária, citando a situação específica de indígenas. Mas o chefe do departamento de Informação e Provas do TPI, Mark P. Dillon, afirmou que conduta descrita pelas entidades “não parece se enquadrar nas definições rigorosas previstas no Estatuto de Roma”. Já havíamos comentado na news (aqui e aqui) que não seria simples conseguir um julgamento, pois é preciso comprovar a intenção do genocídio. Negligência não é suficiente.
Mais transparentes
As farmacêuticas Moderna e Pfizer – ambas com potenciais vacinas já na fase 3 dos ensaios clínicos – decidiram divulgar seus protocolos de ensaios, com informações mais abrangentes sobre como seus testes estão sendo conduzidos e como as vacinas estão sendo avaliadas (estão disponíveis aqui e aqui). Isso inclui detalhes sobre “como os participantes estão sendo selecionados e monitorados, as condições sob as quais os testes poderiam ser interrompidos precocemente se houvesse problemas e as evidências que os pesquisadores usarão para determinar se as pessoas que tomaram as vacinas estão protegidas contra a covid-19”, explica o New York Times, observando que a prática não é comum: em geral, tais detalhes só são compartilhados após a conclusão dos estudos. A decisão seria uma tentativa de melhorar a confiança do público norte-americano no processo de desenvolvimento e testagem das vacinas, que, como se sabe, ainda maculada pela nada disfarçada pressão política do presidente Donald Trump.
A medida foi celebrada por pesquisadores e, provavelmente, vai pressionar outras empresas. Uma porta-voz da AstraZeneca já disse que a companhia também deve publicar seu protocolo em breve.
Nos acréscimos
Termina hoje o prazo para os países decidirem se entram ou não na Covax Facility, a aliança global criada para facilitar o acesso às futuras vacinas contra a covid-19. A estratégia envolve hoje nove imunizantes em fase de ensaios clínicos e, em caso de aprovação de algum deles, há compromisso com o fornecimento de doses para ao menos 20% da população de cada país vinculado. Mas o Brasil, junto com outras nações, pediu mais tempo.
A justificativa é a necessidade de “obter mais informações sobre as condições para a aprovação regulatória, instrumento jurídico aplicável, vacinas em desenvolvimento, suas características de armazenamento e transporte logístico”, segundo a Secretaria de Comunicação do governo. Mas a Folha apurou que há também uma hesitação devido ao custo da adesão.
Pior que no início
Os contágios pelo novo coronavírus continuam crescendo de forma muito acelerada na Europa. A OMS alertou ontem que o nível de transmissão no continente está mais alto do que no começo da pandemia, entre março e abril. Têm sido algo entre 40 e 50 mil novos casos diariamente, sendo que o recorde anterior era de 43 mil no dia 1o de abril – é claro que a maior disponibilidade de testes ajuda a levantar os números. Os casos mais preocupantes continuam sendo o da Espanha e o da França, que vêm batendo recordes de novos registros.
Já no Brasil, houve redução de 30% no número de novas infecções na semana de 6 a 12/9, em relação à anterior. Segundo o Ministério da Saúde, é a maior diminuição já registrada. O número de mortes caiu 13% no mesmo período. Ontem foram 857 novos registros de mortes, levando a média nos últimos sete dias a 779 e o total a 135.031,
Pode mudar
Após uma reunião fechada com parlamentares, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que vai “avaliar” sugestões de mudanças na portaria que obriga profissionais de saúde a avisarem à polícia quando atenderem mulheres em busca do aborto legal por razão de estupro. “Há uma certa disposição de rever algumas questões que estão na portaria e deve ter alguma mudança no sentido de não constranger uma pessoa já tão humilhada, tão destruída, como a que foi vítima de violência”, disse Rogério Carvalho, líder do PT no Senado, após o encontro. A ver.
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