Edivaldo Pereira Rocha foi assassinado no início da tarde, em São João do Sóter
O presidente da Associação dos Quilombolas do povoado Jacarezinho, de São João do Sóter Edvaldo Pereira Rocha, foi assassinado, na tarde desta sexta-feira, 29, naquele município, localizado na região Leste (Cocais) do estado.
Edvaldo se encontrava fazendo um lanche em um comércio, à beira da MA 127 (km 36), no povoado Bom Jardim, entrada da localidade ‘Nezito’, que dá acesso ao santuário São Francisco, quando dois homens surgiram em um veículo e efetuaram vários disparos contra ele. O líder quilombola teve morte imediata.
Edivaldo Rocha era filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) de São João do Sóter, liderança sindical e representante da comunidade Jacarezinho. Há anos vinha lutando pela titulação da sua comunidade quilombola. da qual era integrante.
Providências da SSP – Ciente do crime, o delegado geral de polícia, Jair de Paiva, tomou providências imediatas, enviando reforço e perícia para o local do crime, sob comando do delegado geral de Caxias, Alcides Martins, para tentar prender os autores do crime e apurar os motivos que levaram ao assassinato do petista.
fonte: https://oinformante.blog.br/notas/lider-quilombola-petista-e-assassinado-a-tiros-em-sao-joao-do-soter-ma/
Liderança quilombola é executada no Maranhão
Nos últimos dois anos outras seis lideranças quilombolas foram assassinadas no estado maranhense
Liderança quilombola é executada no Maranhão.
Marcelo Hailer
Por Marcelo Hailer
Escrito en BRASIL el 29/4/2022 · 14:42 hs
O líder quilombola Edvaldo Pereira Rocha foi executado na tarde desta sexta-feira (29) no Maranhão. Segundo informações do advogado Diogo Cabral, Pereira Rocha foi executado por 2 pistoleiros e foi atingido por 8 tiros.
Edvaldo Pereira Rocha era uma liderança do quilombo Jacarezinho, em São João do Soter, leste do Maranhão. Rocha é o 7º quilombola assassinado no Maranhão em menos de 2 anos.
O assassinato de Pereira está vinculado a uma disputa por terra na baixada maranhense que apropriação ilegal e grilagem de terra.
Nos últimos dois anos o estado do Maranhão registrou uma série de assassinatos. Segundo levantamento do InfoAmazonia, uma série de execuções, ameaças e perseguições marcaram o cotidiano dos quilombolas das comunidades Cedro e Flexeira, na Baixada Maranhense, nos últimos dois anos. Uma desembargadora, um procurador e um suplente de vereador estão diretamente envolvidos em conflitos fundiários contra as comunidades.
Flexeira fica no município maranhense de Arari, que em 2020 foi um dos líderes do ranking nacional de assassinatos em contexto de conflitos no campo, de acordo com dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Nos últimos dois anos, cinco quilombolas foram assassinados em Arari, dois moradores da Flexeira e três moradores da comunidade vizinha, Cedro. Todos os mortos são militantes do Fóruns e Redes de Cidadania e lutavam contra os cercamentos dos campos naturais da região.
O assassinato mais recente foi o de José Francisco Lopes Rodrigues morador da Cedro, conhecido como “Quiqui”. Depois de ser baleado por um atirador que se escondia em sua residência. Quiqui esteve internado por cinco dias em um hospital na capital São Luís antes de falecer em 08 de janeiro deste ano.
Embora o executor não tenha sido identificado e o inquérito policial não aponte suspeitos, as lideranças comunitárias, familiares e vizinhos de Quiqui afirmam que o seu assassinato e dos outros quatro quilombolas teriam relação direta com um conflito de anos entre as comunidades e fazendeiros locais apontados como grileiros das terras tradicionais.
A íntegra do levantamento do InfoAmazônia pode ser conferida aqui.
fonte: https://revistaforum.com.br/brasil/nordeste/2022/4/29/liderana-quilombola-executada-no-maranho-114690.html