A juiza do TJ-SP Gabriela Bertoli contrariou decisão do ministro Ribeiro Dantas
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Mesmo após o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ribeiro Dantas, ter revogado a prisão do paulistano e entregador de aplicativo Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Galo, às 12h desta quinta-feira (5), a juíza Gabriela Marques Bertoli, do Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, determinou a prisão preventiva do ativista. A informação é da defesa do ativista.
A prisão preventiva de Galo e outros dois investigados por envolvimento no incêndio ao monumento foi solicitada pela Polícia Civil. A libertação do líder dos entregadores de aplicativos, Paulo Galo, estava prevista para esta quinta-feira (5), às 18 horas, de acordo com a decisão do STJ.
“Esse novo pedido de prisão não tem fundamento jurídico, como não tinha anteriormente. Trata-se mais uma vez de uma prisão política, sem qualquer base no ordenamento jurídico brasileiro”, afirmou Jacob Filho, advogado de Galo, antes da decisão da juíza.
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Segundo Jacob Filho, a juíza retirou o acesso da defesa ao processo, o que não tem nenhuma previsão legal. “Nem a gente sabe o que está acontecendo”, afirmou o advogado que tem o alvará de soltura determinado pelo ministro do STJ em mãos.
O Brasil de Fato entrou em contato com o Tribunal de Justiça de São Paulo. Mas, até o momento, não houve retorno sobre os questionamentos enviados.
Edição: Leandro Melito
Em nova decisão, juíza decreta prisão preventiva de Paulo Galo por incêndio à estátua de Borba Gato
Com isso, a liminar que mandou soltar o ativista perdeu a validade
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247 – Em nova decisão, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decidiu manter a prisão do ativista Paulo ‘Galo’ Lima, um dos autores do incêndio na estátua de Borba Gato, na zona sul de São Paulo.
Com isso, a liminar que mandou soltar o ativista perdeu a validade. Galo está preso desde 28 de julho.
“[A investigação policial serviu para] revelar detalhes sobre o planejamento e execução do incêndio, evidenciando a premeditação e o elo associativo entre os responsáveis, mostrando-se, assim, fundamental para comprovação de todos os delitos atribuídos aos representados”, diz trecho do decreto de prisão preventiva assinado pela juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli.
“[O incêndio à estátua], além de danificar o patrimônio público e histórico, expôs a incolumidade pública a grave risco, resultando na exposição da vida, integridade física e patrimônio de indeterminado número de pessoas a perigo, considerando tratar-se de região em que há elevado fluxo de transeuntes e veículos, diversos imóveis comerciais e residenciais”, prosseguiu.
Na decisão, o TJSP diz ainda que “havia intenção de que as chamas alcançassem o posto de gasolina, o que poderia ter causado uma tragédia de imensuráveis proporções”. A juíza cita laudo pericial que constatou manchas escurecidas por substância líquida, “demonstrando a ligação da estátua ao posto por uma reta de pneus”. (Com informações do UOL).