Despertar com Justiça e Paz fará programa em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha

 

 

 

SAIBA MAIS

Hoje na História, 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha 

 

 
Artigo publicado em Geledés em 25/7/2015
 

Apesar de corresponder a 53% dos brasileiros, a população negra ainda luta para eliminar desigualdades e discriminações. São cerca de 97 milhões de pessoas e, mesmo sendo a maioria, está sub-representada no Legislativo, Executivo, Judiciário, na mídia e em outras esferas. Em se tratando do gênero, o abismo é ainda maior. Apesar da baixa representatividade de Mulheres Negras na política e em cargos de Poder e de decisão, cada ascensão deve ser comemorada como reconhecimento.

por Fabiana Yuka 

Para a presidenta da Fundação Cultural Palmares (FCP-MinC), Cida Abreu, o Brasil ainda se revela racista. As demandas do movimento social negro passaram a fazer parte da agenda política, a partir do governo ex-presidente Lula. O Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010), serviu de base para a elaboração do PPA. Tem sido a referência para as cotas nos concursos públicos e nas universidades, como um dos caminhos, a se percorrer para reduzir e reparar essas desigualdades, reforçou.

 

Feminismo Negro – A partir de 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, com a realização do 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, criação da Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas e a definição do 25 de julho como Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha.

A data – A Lei nº 12.987/2014, foi sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola, viveu durante o século 18. Com a morte do companheiro, Tereza se tornou a rainha do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho e a população (79 negros e 30 índios), morta ou aprisionada.

Homenageadas – Assim como Tereza, outras mulheres foram e são importantes para a nossa história. Com trabalhos impecáveis e perseverança, elas deixaram um legado, que cabe a nós reverenciarmos e visibilizarmos a emancipação das mulheres negras, como forma de homenagear; Antonieta de Barros, Aqualtune, Theodosina Rosário Ribeiro, Benedita da Silva, Jurema Batista, Leci Brandão, Chiquinha Gonzaga, Ruth de Souza, Elisa Lucinda, Conceição Evaristo, Maria Filipa, Maria Conceição Nazaré (Mãe Menininha de Gantois), Luiza Mahin, Lélia Gonzalez, Dandara, Carolina Maria de Jesus, Elza Soares, Mãe Stella de Oxóssi, entre tantas outras.

fonte: https://www.geledes.org.br/hoje-na-historia-25-de-julho-dia-internacional-da-mulher-negra-latino-americana-e-caribenha/

 

LEIA TAMBÉM:

Julho das Pretas: ajude a fortalecer a luta das mulheres negras

Neste ano, a Iª Marcha Virtual Tereza de Benguela terá início no dia 24 de julho, à 00h e encerrará no dia 25, às 23h. Participe!

  • Spbancarios –  22/07/2020 13:40 

No dia 25 de julho é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. No Brasil, a data faz referência a Tereza de Benguela, líder quilombola, símbolo da resistência contra a escravidão, que somente foi reconhecida em 2014, pela então presidenta Dilma Rousseff.

Para rememorar a luta de Tereza e de todas as mulheres negras latino-americanas e caribenhas e por uma sociedade mais justa, igualitária e livre de preconceitos, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e CUT-SP, dedicarão o mês de julho para informar e debater o combate ao racismo nas redes sociais, com a campanha Julho das Pretas.

A abertura da programação ocorreu no dia 2, por meio de um debate virtual promovido pela CUT São Paulo com o tema Vida, Luta e Resistência da Mulher Negra.

 

 

Para a coordenadora do Coletivo de Combate ao Racismo do Sindicato, Ana Marta Lima, que mediou essa live, a luta das mulheres negras não se restringe somente a essa data (25), mas tem de acontecer todos os dias.

“Lutamos sempre por respeito, por espaços no mercado de trabalho, para a inclusão do negro em cargos de chefia e, além de tudo, pelo direito de viver, diz.

Menos direitos

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres estudam por mais anos do que os homens. Ainda assim, entre pessoas de 25 a 44 anos de idade, o percentual de mulheres brancas com ensino superior completo (23,5%) é 2,3 vezes maior do que o de mulheres pretas ou pardas (10,4%).

Ao considerar cor ou raça, a desigualdade no atraso escolar se apresenta de forma considerável entre as mulheres: 30,7% das pretas ou pardas de 15 a 17 anos de idade apresentaram atraso escolar no ensino médio, enquanto que apenas 19,9% das mulheres brancas dessa mesma faixa etária estavam em situação semelhante.

As mulheres negras são ainda as que mais se dedicam aos cuidados de pessoas e afazeres domésticos, com 18,6 horas semanais. Mulheres estas que, em sua grande maioria, tentam conciliar estudos, carreira profissional e questões pessoais.

Para a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, esses dados são reflexos das desigualdades sociais do país e não podem ser ignorados.

“Vivemos em pleno século 21 e não podemos mais permitir que as mulheres negras ainda sejam inferiorizadas pelo seu gênero e cor. Não podemos permitir que ainda tenhamos que conviver com o preconceito racial. Por isso, vamos dedicar todo o mês de julho com ações informativas e educativas para combater o racismo inspirados pela luta de Tereza de Benguela”, afirmou Elaine.

Sobre Tereza de Benguela

A heroína Tereza de Benguela, ou “Rainha Tereza”, é um ícone da resistência negra no Brasil Colonial. Nascida no século XVIII, ela chefiou o Quilombo do Piolho ou Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso.

Comandada por Tereza de Benguela, a comunidade cresceu militar e economicamente, resistindo por quase duas décadas, o que incomodava o governo escravista. Após ataques das autoridades ao local, Benguela foi presa e se suicidou após se recusar a viver sob o regime de escravidão.

A Lei nº 12.987/2014, foi sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Debates virtuais

Durante o mês de julho, o Coletivo de Combate ao Racismo participará de debates sobre o tema e convida as bancárias e bancários para enaltecer o Julho das Pretas. Além de plenária promovida pela CUTSP, haverá ainda a Iª Marcha Virtual Tereza de Benguela, que terá início no dia 24 de julho, à 00h e encerrará no dia 25, às 23h. Inscreva-se e participe!

“O debate precisa acontecer cotidianamente para que possamos despertar a atenção de mais pessoas. Por conta da pandemia, ele será virtual, e não menos importante. Já que a maioria dos mais vitimados pela Covid-19 são os negros, as mais prejudicadas com o distanciamento e desemprego atualmente, são as mulheres negras, e os afazares e cuidados domésticos neste momento são mais pesados para as mulheres negras”, complementa Ana Marta Lima.

Plenária de SP celebra Tereza de Benguela e o Dia da Mulher Negra

 

fonte: https://spbancarios.com.br/07/2020/julho-das-pretas-ajude-fortalecer-luta-das-mulheres-negras

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *