Família Bolsonaro fecha o ano de 2020 com gastos exorbitantes no supermercado. De batata frita embalada a goma de mascar chegaram a um aumento de 20% em suas compras.
Esquerda Diário
No ano da pandemia do coronavírus, em que a população brasileira amargava o desemprego, a fome e o luto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teve um aumento de 20% em suas compras de supermercado se comparado com o ano de 2019, totalizando 1,8 bilhão de reais. Só em leite condensado a família gastou R$ 15 milhões.
Enquanto a maioria da população teve que se virar durante o ano inteiro para sobreviver com o auxílio emergencial do governo federal, de apenas R$ 600,00 (que no final do ano foi reduzido para R$ 300), a família Bolsonaro ri da cara do povo brasileiro com a despensa cheia de alimentos comprados com dinheiro público.
O governo fala que não tem dinheiro para combater a crise sanitária, porém, com os 15 milhões de reais gastos em leite condensado, seria possível comprar 150 mil testes sorológicos de COVID-19 nas farmácias brasileiras; quase 8.335 cilindros de oxigênio de 50L, que poderiam ter poupado a vida de muitas pessoas que morreram asfixiadas em Manaus.
Com este mesmo valor, 25 mil pessoas poderiam receber duas parcelas de R$ 600,00 do auxílio emergencial; mesmo com o preço criminoso do gás de cozinha, que chega a 105 reais, seria possível comprar 142.857 botijões para garantir a refeição de milhares de famílias.
Contando com o aumento de 30% das cestas básicas pelo Brasil e se considerar a cesta mais cara, que foi a de SP segundo o Dieese (R$ 631,46) poderíamos comprar quase 24 mil cestas básicas, além de pagar 13.636 salários-mínimos, que hoje está em R$1.100.
É um tremendo absurdo pensar que para o trabalhador que ganha um salário médio (R$ 2.308) seria necessário trabalhar 541 anos, sem gastar nem um real, para conseguir chegar nesse valor que pelo presidente foi gasto em leite condensado. Sua vida e da maioria dessa casta política é montada em privilégios, sustentados pela classe trabalhadora, que é, a cada ano mais explorada.
Governo Bolsonaro gasta R$ 1,8 bilhão em alimentos; R$ 15 milhões apenas com leite condensado
A Tarde – 26/1
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Um levantamento divulgado pelo Portal Metrópoles na última segunda-feira, 25, especificou os gastos do Governo Federal na gestão Jair Bolsonaro (Sem Partido) com compras de alimentos em 2020.
De acordo com os dados, disponíveis também no Painel de Compras do Ministério da Economia, todos os órgãos do executivo gastaram mais de R$ 1,8 bilhão em compras incluindo itens considerados estranhos para compra em larga escala.
Só de Leite Condensado, o governo gastou R$ 15.641.777,49. Apesar do alto valor, o gasto foi menor do que o registrado em 2019, primeiro ano de governo, quando foram pagos R$26 milhões do produto.
Itens como uva passa, R$ 5 milhões, barras de cereal, R$13,4 milhões, ervilhas em conserva, R$12,4 milhões e iogurte natural, que representa R$21,4 milhões, também foram vistos na lista que possui ainda vinhos, carne defumada, chantilly e até mesmo 2 milhões de reais em gomas de mascar.
Portal da Transparência sai do ar após divulgação de gastos com alimentação do governo Bolsonaro
Depois que vieram a público as despesas com alimentação do governo Bolsonaro em 2020, como R$ 15 milhões em leite condensado e R$ 2,2 milhões em chicletes, o Portal da Transparência do governo federal ficou inacessível
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247 – O Portal da Transparência do governo federal saiu do ar na noite desta terça-feira (26), um dia depois da divulgação dos gastos do Executivo em alimentação, que somaram R$ 1,8 bilhão em 2020.
Há despesas que geraram revolta nas redes sociais, como R$ 15,6 milhões em leite condensado ou R$ 2,2 milhões em chicletes. Em bombons, por exemplo, o governo gastou R$ 8,8 milhões, valor superior ao pago em arroz, de R$ 7,6 milhões. Em batata frita embalada, R$ 16 milhões; R$ 1,2 milhão em pizza e R$ 6,2 milhões em massa de pastel.
Especificamente sobre o leite condensado, foram 7200 latas por dia, que custaram R$ 162 cada uma. A empresa que forneceu o leite condensado fica no subsolo de um prédio comercial em Brasília.
Eduardo Bolsonaro tenta justificar a compra de leite condensado para a dieta dos soldados
Eduardo Bolsonaro virou piada após sair em defesa de seu pai e dizer que os gastos de R$15 milhões com leite condensado são para ajudar na dieta dos soldados.“Com este valor poderia-se comprar pouco mais de 6.500 latas de leite condensado/dia, algo bem razoável para uma tropa de 334.000 militares”, disse
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247 – Eduardo Bolsonaro virou motivo de piada nesta quarta-feira (27) após usar suas redes sociais para sair em defesa de seu pai e o gasto exorbitante de R$15 milhões apenas com leite condensado, entre outros itens como bombons e chiclete.
Ele disse que “o item [leite condensado] é um produto calórico indicado a quem faz muitas atividades físicas e serve de base para a elaboração de vários outros alimentos comuns a mesa dos brasileiros como bolos”.
Eduardo ainda ressaltou a importância do item para as Forças Armadas. “Ora, o MD abriga as Forças Armadas e seu efetivo de 334.000 homens e mulheres do serviço ativo. Com este valor poderia-se comprar pouco mais de 6.500 latas de leite condensado/dia, algo bem razoável para uma tropa de 334.000 militares”.
A história de Eduardo virou piada nas redes. Internautas disseram que os argumentos de Eduardo não possuem sentido algum.
O Portal da Transparência do governo federal saiu do ar na noite desta terça-feira (26), um dia depois da divulgação dos gastos do Executivo em alimentação, que somaram R$ 1,8 bilhão em 2020.
Empresa do “contrato do leite condensado” com governo e Ministério da Defesa é de mãe de pastor
Empresa “Saúde & Vida Comercial de Alimentos Eireli”, que faturou R$ 37 milhões em contratos com o governo federal, pertence a Azenate Barreto Abreu, casada com o pastor Elvio Rosemberg da Silva Abreu e mãe de Elvio Rosemberg da Silva Abreu Júnior, que também possui contratos com a União. A família mora em casa modesta
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247 – Uma pesquisa feita pelo jornalista e advogado Fernando Boscardin no Twitter revelou que a empresa do setor alimentício “Saúde & Vida Comercial de Alimentos Eireli” faturou R$ 37 milhões por meio de contratos com o governo federal. Deste total, R$ 12 milhões foram pagos pelo Ministério da Defesa. A apuração foi feita com base em documentos que constam no Portal da Transparência, que foi tirado do ar na noite desta terça-feira (26).
A empresa pertence a Azenate Barreto Abreu, casada com o pastor Elvio Rosemberg da Silva Abreu e mãe de Elvio Rosemberg da Silva Abreu Júnior. Júnior também fez negócio da ordem de R$ 25 milhões junto ao governo. A informação de @Boscardin vem na esteira do escândalo envolvendo gastos de mais de cerca de R$ 1,8 bilhão em alimentos pelo governo Jair Bolsonaro no ano passado.
“A julgar pelas fotos do Facebook do senhor Elvio e dona Azenate, ambos levam uma vida modestíssima para quem faturou com as empresas da família R$ 37 milhões de reais. Parecem pessoas simples. O filho não disponibiliza as fotos no Face”, observa Boscardin. Segundo suas informações nas redes sociais, eles são de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. A sede da Saúde & Vida Comercial de Alimentos Eireli, no entanto, está registrada como Brasília.
“Resta averiguar se eles efetivamente (+) tem envolvimento com as empresas ou se utilizaram seus nomes. Tudo pode estar em ordem. Porém é curioso que empresas individuais de pessoas aparentemente sem ligação com o ramo da alimentação sejam fornecedores de contratos de milhões para o governo no ramo da…alimentação”, alerta o jornalista.
Após escândalo do leite condensado, parlamentares pedem investigação sobre gastos do governo Bolsonaro
Bolsonaro usou mais de R$ 15 milhões em dinheiro público para comprar leite condensado e R$ 2 milhões para aquisição de chicletes
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Os gastos alimentícios do governo federal, que somaram mais de R$ 1,8 bilhão em 2020, entraram na mira da oposição. Parlamentares formalizaram representações junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a abertura de uma investigação sobre as compras do Executivo.
Nos documentos, protocolados ness terça-feira 26, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) argumentam que o aumento das despesas fere o princípio da moralidade administrativa.
“Em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados”, diz uma das representações.
A ofensiva jurídica organizada pelos congressistas é uma reação à reportagem veiculada pelo portal Metrópoles, que revelou o crescimento de 20% nos gastos com alimentos pela administração federal – o que inclui de ministérios a autarquias.
Segundo a publicação, que levantou dados com base no painel de compras do Ministério da Economia, foram mais de R$ 15 milhões em dinheiro público para comprar leite condensado e R$ 2 milhões para aquisição de chicletes, por exemplo.
“A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta deve se atentar especialmente à legalidade, legitimidade e economicidade. Esses três parâmetros, para além do aludido princípio da moralidade, se considerada a atual conjuntura brasileira, podem ter sido amplamente ofendidos”, afirmam os parlamentares.
Ao TCU, o senador Randolfe Rodrigues argumenta que o dinheiro poderia ter sido usado, por exemplo, na construção de 180 hospitais de campanha para tratar pacientes com covid-19 ou no pagamento de mais uma parcela do auxílio emergencial a três milhões de famílias.
“Será que os gestores do Executivo Federal entendem que os agentes públicos são mais cidadãos do que boa parte da população brasileira, que vive, no máximo, nos limites da cesta básica?”, questiona no documento.
Portal da Transparência fica fora do ar
O Portal da Transparência do governo federal, meio pelo qual a administração presta contas dos gastos públicos, saiu do ar na noite dessa terça-feira (26), e permanecia sem acesso até o início da manhã desta quarta-feira, 27. Mas já estava no ar por volta das 8h30. O portal se tornou inacessível após os gastos do Executivo com alimentos – incluindo os R$ 15 milhões pagos em leite condensado – virarem centro do debate público.
Os gastos alimentícios do governo federal somaram mais de R$ 1,8 bilhão em 2020. Além dos R$ 15 milhões gastos com leite condensado, R$ 2,2 milhões pagos em chicletes e R$ 32,7 milhões em pizza e refrigerante. O total gasto em alimentos em 2020 é 20% maior que em 2019.
Os altos valores das compras do Executivo entraram na mira da oposição. Parlamentares formalizaram uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a abertura de investigação sobre as compras do Executivo. Um documento protocolado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) argumenta que o aumento das despesas fere o princípio da moralidade administrativa.
“Em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados”, diz um trecho da representação.
Governo gastou mais com alimentos que com Inpe e ICMBio
Algumas comparações mostram o tamanho do gasto do governo federal com alimentos. Apenas o montante pago pelo leite condensado é cinco vezes mais que tudo que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) recebeu para fazer o monitoramento por satélite de toda a Amazônia, Pantanal e demais regiões do País – R$ 3,2 milhões no mesmo período, segundo dados levantados pela consultoria Rubrica.
Nos últimos dois anos, o Inpe – principal órgão federal responsável pelas pesquisas espaciais e monitoramento -, o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) tiveram seus orçamentos reduzidos, o que comprometeu a capacidade de o governo realizar ações estruturais de proteção, fiscalização e combate do desmatamento nas florestas nacionais – a Amazônia registrou volume recorde de queimadas no ano passado.
Agência Estado