Em função da sobrecarga nas tarefas domésticas e nos cuidados com crianças e idosos, parcela de mulheres que estão ocupadas ou em busca de um trabalho chegou a 46,3% no segundo trimestre; desde 1991 número não ficava abaixo de 50%.
A reportagem é de Luciana Dyniewicz, publicada por O Estado de S. Paulo, 25-10-2020.
Em meio à pandemia, com empresas fechando postos de trabalho, escolas operando a distância e idosos precisando de cuidados extras, a participação das mulheres no mercado de trabalho alcançou o patamar mais baixo dos últimos 30 anos. Os hábitos e a cultura da sociedade têm impedido muitas mulheres não só de trabalhar, mas até de procurar emprego. E, dentro de casa, elas ficaram – ainda mais – sobrecarregadas.
A participação feminina no mercado (indicador que considera mulheres com mais de 14 anos que trabalham ou estão procurando emprego na comparação com o universo total do gênero) ficou em 46,3% no segundo trimestre deste ano. Desde 1991, o número não caía abaixo dos 50% e desde 1990 não atingia valor tão baixo, quando ficou em 44,2%, segundo dados do IBGE.
A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.
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