Páscoa de Cândido Mendes, fundador da Comissão Brasileira Justiça e Paz

“Eu sou a ressurreição e a vida.
Aquele que crê em mim,
ainda que morra, viverá;
e quem vive e crê em mim,
não morrerá eternamente.”
(João 11, 25-26ab)

No dia em que as Comissões Justiça e Paz de todo o país iniciamos nossa 4ª Conferência da Rede Nacional, fomos surpreendidos(as) pela notícia da caminhada de Candido Mendes de Almeida ao encontro do Pai.

Nascido em 1928, o intelectual católico, ativista de direitos humanos, professor renomado e reitor da Universidade Candido Mendes, foi dirigente da Comissão Brasileira Justiça e Paz de 1969 a 1995, quando por um largo período exerceu, com coragem e humildade, o valoroso papel de defensor de presos políticos, a exemplo de seu irmão dom Luciano Mendes de Almeida. Durante a ditadura militar, organizou uma rede de advogados para defesa de presos políticos e perseguidos, denunciou as torturas praticadas pelos agentes policiais e militares no exterior.

Professor nas mais importantes universidades do mundo, criou instituições de pesquisa e de ensino superior e foi membro do Conselho Executivo da Federação Internacional de Universidades Católicas. Presidiu a International Political Science Association (IPSA) e o Comitê de Programas do International Social Science Council (ISSC), entidade representativa das organizações não governamentais de ciências sociais reconhecidas pela Unesco.

Transitou com desenvoltura entre o mundo das ideias e da política, exercendo suas funções com ética e como serviço cristão ao bem comum. Membro vitalício da Comissão Brasileira Justiça e Paz sempre será um guia para nossas ações, com reconhecimento e gratidão de todo o pleno da referida Comissão.

Apresentamos nossas profundas condolências a sua esposa, a professora e pesquisadora Margareth Dalcomo, filhos, netos e bisneta. Mas nossos corações estão alegres em saber que ele foi recebido em graça pelo Criador.

Brasília/DF, 17 de fevereiro de 2022.