Grupo de Análise de Conjuntura da CNBB apresenta aos bispos texto que relata aprofundamento das crises

Grupo formado por dom Francisco Lima Soares – Bispo de Carolina – MA, Pe. Paulo Renato Campos – Assessor de Política da CNBB, Pe. Thierry Linard de Guertechin – Centro Cultural de Brasília – CCB/OLMA, Antonio Carlos A. Lobão – PUC/Campinas, Francisco Botelho – CBJP, Gustavo Inácio de Moraes – PUC/Rio Grande do Sul, Manoel S. Moraes de Almeida – Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP, Marcel Guedes Leite – PUC/São Paulo, Robson Sávio Reis Souza – PUC/Minas, Tânia Bacelar – UFPE, Maria Lucia Fattorelli – Auditoria Cidadã da Dívida, Melillo Dinis do Nascimento – Inteligência Política (IP) e Ricardo Ismael – PUC/RJ, apresentou aos bispos da presidência da CNBB e presidentes das Comissões Pastorais um documento de análise de conjuntura que reafirma o aprofundamento da crise brasileira em suas diversas dimensões, destacando o retorno da fome que atinge milhões de famílias jogadas na miséria.

O documento conclui que: 

“As forças políticas estão fortalecendo a percepção de que as instituições, em que pese algumas divergências, são a melhor forma de manter o respeito pela democracia e investir na garantia dos mecanismos menos traumáticos, como as eleições. Outras forças defendem uma articulação a favor do impeachment de Jair Bolsonaro.

Da mesma forma, muitos movimentos sociais têm se consolidado como uma fonte de esperança. Chama a atenção a mobilização dos povos indígenas brasileiros. Desde junho de 2021, com o apoio de diversas organizações e organismos, dentre eles o Conselho Indigenista Missionário – CIMI, eles têm aumentado a defesa de seus direitos, contra as múltiplas agressões e contra o “marco temporal”, com diversos eventos em todo país, em especial em Brasília, o último deles a 2ª Marcha das Mulheres Indígenas, que ocorreu de 7 a 11 de setembro.

O diálogo salutar entre os participantes do grupo de análise de conjuntura, de forma diversa e subsidiária, ofereceu 3 sugestões para possíveis ações: (a) realizar uma “Vigília pela Democracia, pela Vida e pelo Brasil”, ainda em 2021, a partir de uma articulação entre a CNBB e o CONIC, bem como outras religiões, além da sociedade civil, com o objetivo de conscientizar sobre o momento, esperançar as pessoas e rezar diante de nossos desafios; (b) a partir do “Pacto pela Vida e pelo Brasil”, com um convite às demais organizações, apresentar aos chefes dos poderes e das principais instituições da República uma lista de ações e garantias que devem ser adotadas e promovidas para que a democracia seja fortalecida; e (c) com instituições signatárias do “Pacto pela Vida e pelo Brasil”, articular uma possível posição a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Tais ações não são excludentes nem exclusivas.

Como clamou muitas vezes o centenário Dom Paulo Evaristo Arns: “Coragem!”, “Coragem!”, “Coragem!”, “Coragem!”. “

 

Baixe o documento integral Aqui

 

 

 

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