“Seria um delírio imaginar uma Blitzkrieg formada pelas SS bolsonaristas, os milicianos, os soldados, cabos e sargentos da PM e a parte do Exército que tem uma leitura própria da Constituição?”, questiona
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“É a guerra moral, psicológica, das expectativas fatigantes, dos cansaços nervosos. É a desmoralização, a destruição das energias internas, o estímulo das discórdias interiores e da desagregação nacional. É também a infiltração e penetração dos agentes do terror, do pânico e da dúvida, de modo a provocar a divisão do adversário e a vulnerabilidade da sua resistência psíquica. É a guerra não declarada, a guerra em estado de paz. A ela segue-se, claro, a Blitzkrieg, a guerra-relâmpago, que pega a vítima alquebrada e a subjuga”, prossegue.
“Quebrada a nossa capacidade de resistência por essa barragem de palavras, gestos e atos, seria um delírio imaginar uma Blitzkrieg formada pelas SS bolsonaristas —as falanges com porte de arma—, os milicianos, os soldados, cabos e sargentos da PM e a parte do Exército que tem uma leitura própria da Constituição?”, questiona.
fonte: https://www.brasil247.com/cultura/ruy-castro-compara-bolsonarismo-ao-nazismo
“Bolsonarismo arquiteta plano golpista para tumultuar a eleição de 2022”, alerta Bernardo Mello Franco
“O capitão sabe que não precisa de maioria para promover uma baderna em 2022. Basta contar com uma minoria radicalizada e armada. Se possível, com a cumplicidade de generais”, diz ele

A emenda do voto impresso é examinada por uma comissão especial. O presidente e o relator da proposta são bolsonaristas de carteirinha. Os dois se elegeram com apoio de movimentos de ultradireita do Paraná. São investigados por ataques à democracia e disseminação de fake news.
Assustados com a escalada autoritária, dirigentes de 11 partidos montaram um cordão na comissão. A emenda do voto impresso seria derrotada na sexta, mas os governistas viraram a mesa.
“O presidente da comissão, Paulo Eduardo Martins, inventou um novo prazo para o relator alterar a proposta. A oposição protestou, mas ele desligou os microfones do plenário e declarou que a sessão estava encerrada”.
“A transmissão da TV Câmara terminou com um grito de “picareta”. A manobra também foi chamada de “banditismo” e “molecagem”. Antes do fim abrupto, o sinal da sessão foi interrompido ao menos três vezes. Martins culpou uma invasão de hackers, mas não convenceu ninguém. Com o adiamento, a votação ficou para agosto. O governo tentará usar o tempo extra para pressionar deputados e estimular novas manifestações golpistas”.
“A cruzada contra o sistema eleitoral não deve se esgotar com a provável rejeição da emenda. Bolsonaro continuará a repetir que só perde se as urnas forem fraudadas. O capitão sabe que não precisa de maioria para promover uma baderna em 2022. Basta contar com uma minoria radicalizada e armada. Se possível, com a cumplicidade de generais”.