35 anos da morte do padre Josimo

No dia 10 de maio de 1986, naquele ano véspera de Dia das Mães, a luta pela terra fez mais um mártir no Brasil. 

 
Com 33 anos, o padre Josimo Morais Tavares, então coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Araguaia-Tocantins – conhecida como “CPT do Bico”, foi assassinado por fazendeiros contrários ao seu trabalho junto a famílias na região. Chamado pelos agricultores de “padre negro de sandálias surradas”, ele se tornou um dos maiores mártires da luta pela terra no Brasil.
 
O padre que expressou sua religiosidade em defesa do povo excluído da região e enfrentou poderosos vivia sob constantes ameaças. 
 
Era perto do meio-dia de um sábado, quando Josimo subia as escadas da CPT, em Imperatriz (MA), e foi alvejado por dois tiros. 
O disparo saiu da arma de um pistoleiro chamado Geraldo Rodrigues da Costa, a mando de fazendeiros e empresários do campo. 
Geraldo foi preso cerca de um mês após a execução, os mandantes foram presos no decorrer dos anos.
 
Sua luta não terminou por aí. 
 
Hoje, seu nome está em acampamentos de sem-terras, assentamentos de reforma agrária, ocupações urbanas, comunidades eclesiais de base, escolas e ruas. Sua inspiração segue viva no coração de milhões que lutaram e lutam pela libertação dos pobres, pela distribuição de terra e contra o latifúndio.
 
(Texto: Marcelo Ferreira, BdF-RS /// Ilustração: Ateliê 15)

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