
Os ataques terroristas se alastraram à província do Niassa (Norte de Moçambique), e fizeram mais de 4 mil deslocados. A primeira incursão dos insurgentes nesta região ocorreu no distrito de Mecula, e a situação já cria um clima de medo e terror nas comunidades, informa o Bispo de Lichinga, D. Atanásio Amisse Canira.
Rogério Maduca, Rádio Pax – Beira, Moçambique
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D. Atanásio Amisse Canira que falava em entrevista à Emissora Católica da Beira Radio Pax, acrescentou que, a Igreja em Lichinga tem estado a apelar à população que reside nas regiões não afetadas, para uma maior solidariedade com os deslocados, numa altura em que a Caritas Diocesana se desdobra ainda em prover apoio às vítimas do terrorismo de Cabo Delgado, refugiadas em Niassa.
Sem condições para aceder às comunidades Católicas de Mecula, devido à situação de insegurança, alguns fiéis desta região encontram-se refugiados no distrito de Marrupa, onde são assistidos pastoralmente pelos Sacerdotes da Sociedade Missionária Coreana. Os deslocados internos do Niassa, necessitam de insumos agrícolas para a produção de alimentos, para além de abrigos, vestuários e material escolar, refere Dom Atanásio.
Para além de deslocar famílias, os ataques terroristas em Niassa já causaram mortes e destruição de diversas infraestruturas.